Minhas Esculturas P4
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Esta obra, foi executada há cerca de meia dúzia de anos, adorei, porque foi manuseada com uma relação muito grande com a natureza, eu diria que foi sobretudo coagido pela mãe natureza, e daí, toda a conivência da mesma para encetar este trabalho, bom tentarei explicar – estava a fazer limpeza num riacho que confronta com terra de cultivo, esta limpeza faz-se normalmente antes da época das chuvas, junto à beira do rio estava um tronco enraizado, cheio de lama com aspecto deplorável, olhei para ele e senti, que ali havia algo mais do que simples despojos tipo lixo, tive que pedir ajuda para o tirar do rio e carrega-lo na moto cultivadora, depois, era o momento de eu entrar, a natureza tinha feito a parte dela, comecei com a limpeza do tronco e várias horas de trabalho, com máquinas goivas, formões, consegui chegar ao cerne, com transpiração e imaginação, creio ter conseguido algo de acordo, com o que, de momento idealizei, quanto ao título, embora dependente da perspectiva do ângulo de visão, não é difícil deduzir que o grande, devora quase sempre o pequeno, que não tem qualquer hipótese de vencer, daí, o título da obra.
Sobrevivência