Hoje comecei o dia, com uma tomada de posição a definir procedimentos, uma opção que ao longo do ano não validei, talvez arrastado de uma diversidade de tendências imediatas, aliciantes ou óbvias dependendo do pensamento presente, e da forma como ocupar o tempo disponível que sobra das necessidades quotidianas. As cicatrizes do tempo são visíveis e tem-se arrastado Há já alguns dias, nada de muito agressivo mas, persistente em continuar, com humidade e chuva intervalada, e durante a noite algum vento, a notar pela quantidade de vasos partidos e deslocados dos seus lugares, a verdade é que nos faz sentir saudade da neve de natal e do gelo a tapar os recipientes com água, características que nós velhos jovens fomos forçosamente habituados, agora sussurramos “o tempo está a mudar”, a providência é surda para nos dar alguma dica quanto ao futuro, mas o nosso instinto indica ambientarmos-nos, lá vem o velho ditado, o que não tem remédio remediado está..
Ao olhar as plantas desgastadas pelo atrito, causado pelo impacto do vento e os arranhões da chuva, apeteceu-me tirar umas fotos, a toda aquela natureza desfalecida sem maquilhagem, de cores lindas que noutras estações do ano nos seduziam com tanta beleza, ao mesmo tempo não achei despropositado, tirar do anonimato alguns trabalhos que fiz recentemente, porque os mesmos se enquadram bem no meio das plantas. Enquanto carregava a bateria da reflexe, eu olhava através da janela e sentia que nem tudo era negativo, se muitas plantas, não se revestiam com a beleza com que nos acostumaram, deixavam outras brilhar com o seu manto verde, as azáleas estão agora a despedir-se das flores, são flores de inverno, que nos tem feito companhia nestes dois meses, as camélias estão quase a dar flor, e pensando um pouco mais profundo, um dia de chuva nem é assim mau, até nos chama a atenção para determinados detalhes positivos que de outra forma nos escapava, tentarei isolar um pouco a máquina fotográfica, mas não me privarei de bater umas fotos independentemente da qualidade que possa obter. Este meu pensamento é pessoal e momentâneo, Eu sei quanto custa trabalhar e ir para o trabalho e apanhar molhadelas, com tempo assim, já tudo por mim passou, Lembro-me dos que estão hoje a fazer uma greve justa e pacífica, e enfrentar contrariedades e até a chuva.
As buganbílias estão a perder a cor e as flores
A salvia Ananás, ainda mostra um pouco da sua elegância
Fruto à espera de ser colhido Aproveito para junto com a natureza mostrar alguns trabalhos de forja recentes . A balança mostra o desequilíbrio do País, motivo da contestação de hoje dos coletes amarelos
A bica dos namorados (feito com duas sacholas) O cúpido (simbolizando)
Um Ginco biloba Depenado e um Abeto (contraste) A Torre Eiffel
Quanto suor e obras faria esta ferramenta A terra é cada vez mais espremida, temos que nos aguentar dentro dela
Esta ferramenta ajudou a aquecer lareiras Árvores em debandada e opulência
Sentinela de laranjeira mexicana- Ainda existem flores Sentinela das Azáleas
Um abraço, e para todos um bom Natal e um bom 2019
João Alves