Quinta-feira, 22 de Maio de 2008
- Plantas medicinais-Figueira
Plantas Medicinais P21; (Figueira)
NOME; Figueira; (Ficus Carica)
Família; Moraceae
Outros Nomes; Figueira
.COMPONENTES; látex ?
INDICAÇÕES; Abcessos, estomatite, gengivite, tosse, calos, inflamação na garganta
Ainda atendendo ao pedido do Francisco, que de maneira alguma me esqueci, mas embora conheça fisicamente muito bem esta árvore assim como os seus frutos que eu gosto muito, como fins curativos para os meus sítios a figueira não é muito utilizada, não temos árvores adultas no quintal, aliás plantei uma figueira no ano passado mas ainda não dá fruto, tenho 4 réplicas de figueira, em bonsais criados de nascença com 4 anos. Em casa dos meus pais tínhamos várias figueiras bastante volumosas, que se enchiam de frutos, eu era miúdo e fazia doce desses figos, como não havia frigoríficos, colocava as tigelas cobertas com tecido de linho, nos parapeitos das janelas no lado de dentro para apanhar correntes de ar, lembro-me também que o forno de cozer a broa, que tínhamos na cozinha levava duas rasas (medida de cereais) e meia de farinha, só se cozia a broa de quinze em quinze dias, quando o pão acabava mais cedo, minha mãe amassava uma porção de farinha numa gamela de madeira feita numa só peça, embrulhava a massa, nas folhas de figueira e ponha a cozer no borralho, a gente chama-lhe o bolo do borralho, sabia bem aquele bolo,porque se comia poucas vezes, pesquisei na internete, e li algo, que não sei se tem relação com a cozedura do bolo, no Brasil muitas moças jovens, com o intuito de ficarem com o toque do bronze, expõem-se. ao sol e cobrem-se com folhas de figueira, porém enquanto umas ficam bem modeladas outras dão entrada no hospital com queimaduras, recordo-me, que também alguns bolos saíam tostados
A figueira tem algumas ligações bíblicas, por exemplo segundo se diz, Adão e Eva quando se aperceberam da sua nudez taparam suas vergonhas com folhas de figueira, judas depois de vender Cristo por trinta dinheiros, enforcou-se numa figueira, Existem muitas variedades de Ficus (figueiras), com folhas que nada tem a haver com as nossas figueiras, não me vou alongar com esta árvore em potencialidades curativas, porque as desconheço, pelo facto de não ser muito utilizada na minha região, e desconhecer as contra indicações, no entanto fiz uma pesquisa na Internet, e vi um montão de coisas relacionadas, com a figueira,
Um dos meus bonsais, reparem no visual das folhas de figueira
sinto-me:
Domingo, 18 de Maio de 2008
Cardielos: Festa da Senhora do Amparo
Cardielos: Festa da Senhora do Amparo
Hoje dia 18 de Maio, terceiro domingo do mês, foi o último dia de festas da Senhora do Amparo. A festa, grande festa, para esta pequena Freguesia do Minhota, realizou-se com algumas ameças da chuva, que indesejavelmente nos quis visitar no último dia, precisamente quando o fim da procissão começava a entrar na Igreja, embora sempre com alguns ameaços todos os eventos se concretizaram, dentro do programa estabelecido, no dia 16 sexta-feira a noite esteve animada com Augusto Canário e o seu grupo, com imensa gente presente para os ouvir cantar ao desafio. No Sábado dia 17, à noite, o Grupo Musical TOP 5 começou a inundar com os sons das potentes colunas, todo o recinto, que estava repleto de gente, a seguir vieram as Santas e Virgens com as suas canções, diz-se que este grupo composto de quatro jovens e dois figurinos, fiz neste espectáculo a sua estreia, inaugurou-se na presença de numeroso público, portanto creio que o nome do grupo, se coaduna com esta inauguração, a partir de agora já podem optar por mudar o nome se assim o entenderem.A seguir o fogo de artifício, foi um bom espectáculo, parecia estrelas cadentes a caírem do céu. Parabéns ao Lugar de Cutama e Chielos e a toda a mordomia, que embora pequenos lugares com poucas casas, conseguiram fazer uma boa festa. A entrega da festa foi feita ao Lugar de Outeiros e Ponte também dois lugares pequenos que irão realizar a festa do próximo ano, com muita carolice, se vai concretizando os costumes desta terra.
sinto-me: bem
Sábado, 10 de Maio de 2008
Teatro em Cardielos
O grupo de teatro da Associação Cultural e Recreativa de Cardielos, levou a efeito ontem dia nove de Maio a comédia "Lei Moderna”, inserida nas festividades da Srª do Amparo, festa a realizar no dia 18 de Maio. Tivemos a oportunidade de ver novos elementos, no meio de outros da velha guarda, embora esta peça fosse montada em pouco tempo, os artistas conseguiram realizar positivamente e com determinação, aquilo a que ser propuseram, o salão paroquial estava super lotado, e pelas sonoras gargalhadas que irrompiam naquele espaço, o meu reparo é que todos gostaram, obrigados por nos darem estes hilariantes momentos de boa disposição, e continuem a proporcionar-nos mais momentos destes, porque nesta altura bem precisamos de espairecer.
Podem ver: peças da peça.
sinto-me: mãos a doer, das palmas bater
urtigas - Plantas Medicinais
Plantas Medicinais P20;(URTIGAS)
NOME; Urtiga; (Urtica urens) urtica dioica)
FAMÍLIA; Urticaciae
Outros Nomes; Urtiga Ana, urtiga da miúda,
COMPONENTES; Acetilcolina, histamina, ácidos metanóico ou fórmico e gálico, caroteno, vitamina c, clorofila, tanino, potássio, cálcio, ferro, enxofre, manganésio, silício,
Propriedades; ;,Anti-hemorrágico, revulsivo, hipoglicimiante, adstringente, diurética, anti-anémico, digestiva, anti-seborreico, anti-diabético, depuratia, galagtagoga, tónica, hemostático,
INDICAÇÕES; Diabetes, apendicite, urticária, abcessos no estômago, digestão, gota, psoríase, anemia, edema, menopausa, hemorragia uterina, digestão, enurese, hidropisia, irritação cística, leucorreia, queda de cabelo, pele afecções, epistaxe, tuberculose pulmonar, reumatismo, aftas, ciática. Afecções crónicas da pele, desentoxicante, prostatite, limpa o ácido úrico do sistema.
As urtigas estão entre as três plantas que O Francisco me falou, conheço três classes de urtigas, embora certamente haverá muitas mais variedades dispersas, que eu desconheço, aqui falarei das três que conheço, juntarei no mesmo artigo estas plantas se bem que algumas são mais adequadas do que outras segundo o tratamento, começarei pela urtiga branca; (lamiun álbum), da família das labiadas, as flores são brancas, e nenhum dos seus pelos pica, é conhecida também por urtiga morta, depois temos o Urtigão; urtiga maior, (urtica dioica) é uma planta cheia de propriedades medicinais,
Depois temos a urtiga menor Urtica urens, uma urtiga mais pequena, cujas folhas estão cobertas de pelos urticantes, é uma planta espontânea, doce e amarga, amiga e inimiga.
Onde houver humidade, ela ou está presente ou está por perto, sorrateiramente nasce nos vasos de outras plantas, quando distraidamente vou arrancar ervas dos vasos, e aperto as tais ditas, lá estou eu a largar impropérios ajustados à minha identidade de homem do norte, pois as malvadas picam mesmo. Porém as urtigas depois de algumas horas de colhidas os seus picos já não produzem efeito na nossa pele, mas quando tal acontecer poderá esfregar-se a parte dorida com folhas colhidas na hora, de dente de leão, ou parietária, para anular o efeito da picadela, por outro lado as picadelas irritantes não matam ninguém, antigamente as pessoas fustigavam com urtigas as partes mais reumáticas das articulações, para mais tarde ficarem aliviadas, os componentes curativos das plantas, ficavam injectados no solo enfermo, hoje não somos tão masoquistas, e utilizamos, cataplasmas e chás, fugindo assim àquelas severas irritações. Resumindo, usem luvas para colher estas plantas, é sem dúvida uma planta cheia de propriedades curativas, com poucas contra indicações, mas não é aconselhável para as grávidas, é sobretudo uma boa purificadora do sangue, frescas pode-se utilizar cerca de 100 gramas por dia, apanhadas tenrinhas, e com um certo tempo de repouso passadas por água corrente, faz-se uma óptima salada, também se pode fazer uma boa sopa vitamínica.
Em chá – uma colher de chá de folhas secas numa chávena de água fervida que depois de arrefecida pode ser tomada três a quatro vezes ao dia.
Li algures que estas plantas metidas durante uns dias num bidão com água, pode-se empregar essa água, pulverizando as árvores de fruto para combater certas pragas. Amigo Francisco, suponho que depois de ler este blog respeitará um pouco mais esta planta, e evitará o seu sapato de tropeçar nela, sim, porque ela aparece teimosa em qualquer canto, como diz o ditado: à mão de semear para melhor picar.
sinto-me: bem
Quinta-feira, 8 de Maio de 2008
Cardielos; Caminhadas
Cardielos; Caminhadas
Há alguns anos que se nota na nossa Freguesia assim como de uma maneira geral. em muitos outros locais, um certo movimento de pessoas em grupo, ou aos pares num ritmo cadenciado, a passearem por diversos caminhos da aldeia, nas suas caminhadas, restringe mo a falar do pequeno pedaço da minha terra, em que sempre tive um férreo apego a este lugarejo e às suas gentes e costumes. Não só os contornos dos lugarejos se alteram ao longo dos anos, seja pela erosão, ou pelo trabalho do homem que dado a composição dos seus genes evolutivos e intelectuais, direccionados na vertente do progresso, se manifestam diariamente, alterando os caminhos, as casas e a floração, em todo o seu aspecto físico e mesmo geográfico.
Falando de costumes, e regressando uns longos anos atrás, era ainda criança e via tanta gente nas suas caminhadas as pessoas caminhavam oito quilómetros para cada lado, a pé para irem para Viana do Castelo com um cesto de forras de salgueiro na cabeça, cheio de pequenas coisas que cultivavam ou criavam, para venderem no mercado “praça”, para arranjarem algum dinheiro destinado a outras necessidades, a caminhada para Ponte de Lima (15 Km), em que se comprava o porquito ou cântaros de barro para a água, trazidos no grande barco que silenciosamente descia o Rio Lima, era miúdo, lembro-me como era agradável aquela viagem de volta que me esquecia do cansaço da ida, sentava-me na borda do barco que descia calmamente o rio, trincava uns ressequidos tremoços comprados na Vila, e atirava as cascas para a água, que gozo me dava ver os peixes a acompanhar o barco a saltar e a mergulhar. Eram as caminhadas de ranchos de moças que iam para a quinta de S. Isidoro ou outros campos de cultivo, alegres a cantar, era a caminhada de ida e volta para feira de Barroselas, certa vez trouxemos de lá uma vaca que compramos, mas foi custoso para mim, e para o meu pai, fartamo-nos de puxar por ela durante todo o caminho, a danada não queria emigrar para o lado direito do Rio Lima. Hoje temos os automóveis que vão a tudo quanto é sítio e nos levam confortavelmente aos locais desejados, mesmo àqueles mais vizinhos das nossas casas, o pior foi o Sr. Colesterol que comodamente se instalou nas nossas vidas a ponto de as danificar, uma alimentação cuidada e umas boas caminhadas conseguimos realmente combater o dito cujo, dai, a razão das novas caminhadas, daí que alguém em Cardielos, se lembrou deste evento, não sei se, a Junta e o Grupo de Atletismo “Ciclones”, mas, pelo que me apercebi a organização estava inteirinha nos Ciclones e na sua Fundadora Manuela Machado, a verdade é que no dia 4 p p embora uma chuvada tentasse contrariar a partida, mas cerca de duzentas corajosas pessoas com guarda-chuvas, oleados, e outras armas alusivas à intempérie, acompanhadas de uma grande força, estiveram presentes para a caminha de seis Km, na Av. Da Igreja, começamos às dez e picos e às 11 e tal estávamos no mesmo local, parecíamos canários com a camisola amarela oferecida pelos Ciclones, os menos corajosos ficaram em casa a fazer companhia ao tal dito Sr. Colesterol, que por sinal é muito caseiro. Achei esta caminhada demasiado silenciosa e muito diferente das acima supracitadas, mas adorei. A Manuela como é uma miúda baixa, mas uma alta mulher, subiu ao muro da avenida, e no meio de duas palavras sugeriu a ideia de repetirmos este evento todos os meses, e num unânime aplauso ouviu-se um estrondoso SIiiiiimmmm, o meu sim foi um pouco mais ronco porque estava sinusitado.
Cabe neste espaço algumas fotos da caminhada.
Parte do grupo da caminhada
O convite da Manuela Machado
paragem para a foto
sinto-me: mais leve