Quase todas as pessoas sentem uma necessidade exageradamente extravagante, quando deparam com algo estranho, à frente da vista, de imediato, somos invadidos pela curiosidade e pela ambição do conhecimento, sem nos apercebermos, que o nosso conhecimento não está equilibrado com a nossa ambição, como não sou excepção à regra, já tive alguns deslizes emocionais, em que caí abruptamente, nesta teia aliciante, catalogada como o é, o conhecimento abstracto, ou seja algo, que os nossos olhos nunca tiveram oportunidade de pôr a vista em cima, refiro-me a algo que fiz, em tempo de “tropa”, que nada aconteceu de catastrófico, porque o meu anjo da guarda e eu, somos como unha com carne, inseparáveis, a verdade é que nada de nada aconteceu, mas tremo do que poderia ter acontecido. Deixando para trás os dispositivos, balísticos, no sentido configurado, saltando para coisas naturais, aparentemente inofensivas, mas que podem causar danos irreparáveis a longo tempo, chegando ao ponto de não podermos controlar. Isto passou-se há alguns anos, e lembrei-me de tudo isto, ao reparar numa foto tirada na altura. Tinha feito um pequeno lago no quintal, é óbvio que tinha interesse em embelezar o lago, coloquei nenúfares, tinha rãs, que saltavam para a relva, e cantavam deliciosamente, pela noite dentro, confesso que o seu bulício não me incomodavam, fechava a janela do quarto, e num burburinho mais débil, adormecia confortavelmente. Porém, alguém me deu um pequeno saquinho plástico fechado em que se lia plantas da Amazónia, que tinha comprado algures, com total boa intenção, de me ajudar na decoração do lago, claro que eu, fiquei imensamente agradecido, pois iria colocar algo que nunca tinha visto, se sobrevivessem seria espectáculo. Aquela coisa reproduzia-se, a grande velocidade, eu admirava e ficava contente, todos os dias, chegava do trabalho e era fácil notar que aquelas plantas cresciam a olhos vistos. Quando me apercebi, que os nenúfares desapareciam, as rãs já não cantavam, quase nem podiam mergulhar, porque o lago estava completamente tapado com as tais plantas, que se uniam em módulos, pareciam centopeias. Fizemos uma limpeza geral a essas plantas aquáticas, eram uma autêntica praga, nem para fertilizante quisemos aproveitar.
Se imaginarmos, o que poderia ter acontecido, se essas plantas, fossem colocadas num local não controlado, como um rio, o que poderia acontecer, era termos mais uma infestante, que atendendo à quantidade, teria elevados custos para a remover.
Planta Amazónica na sua propagação e nenúfares
MINHAS ESCULTURAS "P7".
Samaritano
Esta escultura, foi executada na última semana do fim de ano, talvez porque nesta quadra Natalícia tenha conseguido afastar-me dos meus afazeres laborais, e integrar-me um pouco naquilo que sempre gostei de fazer. Faço questão em a colocar no blog, dando início ao ano. Esta simples escultura feita em tronco de videira, e devido ao aproveitamento dos seus contornos naturais, conjugados com as formas impostas, ocorreu-me chamar-lhe o Samaritano.