De tempos a tempos, não faz nada mal lembrar, a maneira mais usada como devemos preparar os nossos chás, há muitas maneiras e muitas pessoas têm formas personalizadas de o fazer, porque sempre o fizeram e porque não querem alterar o que aprenderam de uma forma ancestral, pelos pais, avós, ou bisavós, ou pelos ensinamentos de uma vizinha velhinha, que já há muito se foi deste mundo, mas que perduram os seus ensinamentos. O que eu tento lembrar, não é de maneira alguma dirigido a estas pessoas, porque de uma forma ou outra, elas sempre conseguiram e conseguem fabricar os seus chás, apenas lembro que não se deve abusar na quantidade de plantas em relação à quantidade da água, utilizando sobrepostos de que as plantas são naturais, e não fazem mal, o que não é verdade, porque todas as plantas possuem a sua composição química elementos quando tomados com exagero são prejudiciais, até porque alguns destes elementos, não se coadunam, com a composição do corpo das pessoas que o tomam, e se estão a ser medicamentadas, pode haver incompatibilidade, e reacções negativas com os remédios que estão tomar.
Preparação dos Chás; são feitos com a dissolvência das plantas na água, através de cozedura, é extraído os componentes activos da planta submetida, a esta manipulação, depois de filtrados e servido em chávenas, a este conjunto de acções, chama-se Tisanas e podem ser preparados por- Infusão, Decocção, Maceração, e também são usadas cataplasmas.
Noutra altura, falarei, na colheita e secagem das ervas, se bem que os chás podem e até é aconselhável ser feito com ervas frescas, e utilizado dentro de três meses, só que isso é de certo modo impossível, pelo facto das pessoas da cidade não terem acessso, directamente ao campo, na comercialização, as ervas secas tornam-se mais versáteis, por não sofrerem alterações na sua manipulação.
Infusão – cortam-se em pequenos pedaços, as folhas, as flores, o caule, as raízes, em seguida quando a água estiver a ferver, deitar as plantas dentro do recipiente, durante cerca de dois a três minutos ainda a ferver, apaga-se a chama e deixa-se ainda cerca de
Decocção – Coloca-se o recipiente com a água e com as plantas dentro, depois de fechado, faz-se aquecer até ferver toda a mistura, durante alguns minutos, não convém exagerar na cozedura, para que os compostos activos da planta não sejam completamente queimados e percam propriedades.
Maceração: Com a finalidade de retirar todos os princípios activos da planta, é necessário um tempo mais longo, para a decomposição das partículas, mergulha-se a planta em água, álcool, aguardente, vinho, ou outro líquido, consoante o fim a que é destinado, coloca-se tudo num recipiente hermético, durante um dia ou semanas, de pende do tratamento.
Cataplasmas: Embora diferenciada dos chás, este método ancestral de tratamento é muito eficaz, embora hoje por tudo e por nada recorramos aos hospitais, recordo-me, que tinha cerca de oito anos levei com uma pedrada de um colega por cima do olho esquerdo, fazendo-me um considerável golpe, três dias de cama com cataplasma de linhaça, feita pela minha mãe, com manutenção diária, ao fim desse tempo, era dia de Páscoa, e eu estava completamente curado. A cataplasma deve ser preparada com folhas verdes com uma ou várias plantas, que devem ser esmagadas, até se obter uma pasta uniforme, as ervas poderão ser fervidas para melhor manusear o composto, ou ferver o líquido que pode ser leite, água, vinho etc, deve ser colocada quente junto à pele, sendo o unguento embrulhado em tecido, (antigamente era linho tecido nos teares caseiros, em quase todas as casas, havia uma tecedeira)
Continuando com os chás
Infusão; os